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Furacão Irene continua forte e perigoso, diz governo dos EUA
27 de agosto de 2011 • 13h04 • atualizado às 13h33

O furacão Irene continua sendo uma tempestade "grande e perigosa" conforme percorre a costa leste dos Estados Unidos e moradores da região devem levar a sério a ameaça, afirmou a secretária americana de Segurança Interna, Janet Napolitano, neste sábado.

O diretor do Centro Nacional de Furacões dos EUA, Bill Read, afirmou que resorts em Nova Jersey sentirão os efeitos da tempestade na manhã do domingo e a passagem do furacão também é prevista para Long Island Sound e região metropolitana de Nova York.

O furacão Irene tocou a terra neste sábado na área de Cap Lookout, na Carolina do Norte, debilitado mas ainda com a força de um fenômeno de categoria um, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC), que tem sede em Miami.

O olho do Irene tocou a terra nas costas da Carolina do Norte às 8h locales (9h de Brasília), com ventos máximos de 140 km/h e em um deslocamento para o nordeste a uma velocidade de 22 km, segundo o relatório do NHC.

Árvores caídas, ruas inundadas, postes arrastados e 300 mil pessoas sem energia elétrica: este era o balanço inicia do furacão nos Estados Unidos, depois que provocou cinco mortes e prejuízos milionários na passagem pelo Caribe durante a semana.

Nas zonas costeiras da Carolina do Norte, milhares de pessoas estavam protegidas em abrigos ou cidades mais afastadas do mar, mas uma grande área do estado sofre com chuvas torrenciais e ventos fortes.

A governadora da Carolina do Norte, Bev Perdue, apontou entre os danos preliminares o bloqueio de 10 estradas e problemas em duas centrais de tratamento de água.

A secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano, pediu aos moradores de áreas ameaçadas que abandonem rapidamente as localidades.

Depois da passagem pela Carolina do Norte (sudeste dos Estados Unidos), o furacão seguirá, debilitado mas com ventos de 140 a 150 km/h, para as cidades do nordeste dos Estados Unidos como Washington, Nova York e Boston.

O NHC recomendou ao Canadá que monitore o furacão, que pode cruzar a fronteira. Irene ameaça uma zona densamente povoada nos Estados Unidos, na qual moram 65 milhões de pessoas, onde podem ser registradas inundações repentinas, tempestades, cortes de energia e danos estruturais que podem representar prejuízos de até US$ 12 bilhões, segundo estimativas.
A situação provocou o cancelamento ou adiamento de centenas de voos para a costa leste dos Estados Unidos. O governo de Nova York decidiu fechar os aeroportos do estado. A medida afeta os aeroportos John F. Kennedy, LaGuardia e Newark.

Companhias como Iberia, Lufthansa, Air France e British Airways cancelaram voos para Nova York e conexões para Boston e Filadélfia.

Milhares de pessoas se preparavam desde sexta-feirea para a iminente passagem do furacão Irene sobre a costa leste dos Estados Unidos e as autoridades americanas ordenaram a inédita saída de 370 mil moradores de Nova York.


Não é uma piada, sua vida pode estar em perigo", disse o prefeito Michael Bloomberg. "Ordenamos a saída de 370 mil pessoas. No total, 7 mil pacientes de hospitais e asilos foram retirados", disse.

O prefeito confirmou que os serviços de transportes públicos serão interrompidos durante a tarde. "Não esperem o último trem", insistiu, antes de alertar que a ameaça mais grave é a possibilidade de uma "inundação brutal".

Em Baltimore (no Estado de Maryland, perto de Washington), as autoridades distribuíam sacos de areia aos moradores poucas horas antes da chegada prevista do furacão Irene. No bairro comercial de Fells Point, que fica ao nível do porto, a areia foi transportada por tratores para distribuição.

O presidente Barack Obama, que aconselhou na sexta-feira os americanos a "levar a sério a tormenta", que segundo ele pode ter proporções "históricas", interrompeu as férias em Massachusetts (nordeste) e retornou a Washington na sexta-feira à noite.

O furacão perdeu um pouco de força neste sábado, com ventos de 150 km/h, e passou a ser considerado um fenômeno de categoria um, a menor na escala Saffir-Simpson, que tem cinco níveis.

Na categoria um, os ventos vão de 119 a 153 km/h. Devem superar 249 km/h para alcançar a categoria cinco.

Com informações das agências AFP e Reuters

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